Ao longo da
história da humanidade a maioria dos registros feitos, em se tratando de
narrativa textual, foram em forma de metanarrativas, que são as narrativas
retóricas e lineares, com classificações hierárquicas e de forma que a leitura
não é feita baseada em associações, como acontece no hipertexto. Tanto
em registros religiosos quanto em livros didáticos a narrativa segue uma
temporalidade linear, do mais antigo ao recente, de acontecimentos subseqüentes
por períodos históricos, e por outros fatores próprios do projeto da
modernidade. O termo hipertexto foi criado por Theodore Nelson, na década de
sessenta, para denominar a forma de escrita/leitura não linear na informática,
pelo sistema “Xanadu”. O termo interativo já pertencia ao campo das artes
quando se propunha intervenção do/com apreciador, no entanto o termo
interatividade passa a se associar a sistemas da informática, por fazer um
contraponto à leitura/escrita das metanarrativas.
Foi no
campo da informática que surgiu o hipertexto, pela necessidade de tornar o
computador cada vez mais interativo. Enfim, as partes de um hipertexto fazem
sentido, mesmo sendo deslocadas do seu eixo central ou enredo.